G4 é
consolação
Bom dia a todos os amigos
vascaínos que sempre prestigiam a Gang do Bacalhau. Foi uma partida ontem para
ficar perplexo e esquecer rapidamente do que aconteceu, mas neste espaço farei
uma síntese do que foram os 4 a 0 sofridos contra o Bahia, adversário não tão
ruim como pensávamos.
Nosso elenco, que já é
escasso e não possui muitas peças de qualidade, sofreu com algumas baixas para
o jogo diante do Bahia: Dedé servindo a seleção, Wendel e William Matheus
suspensos e Auremir e Felipe lesionados. Dificuldades para Cristóvão montar o
time titular e até completar o banco, era a prévia de que a partida não seria
nada fácil, além de enfrentar um time atormentado pela ameaça de rebaixamento a
toda rodada. Entrou o jovem Luan na vaga de Dedé, Jhon Cley no meio campo ao
lado de Juninho e surpreendentemente Fabrício deslocado para a lateral
esquerda, já que nem Thiago Feltri estava à disposição da comissão técnica.
Depois que a bola rolou, foi
um Vasco desorganizado, perdido e sem padrão tático em campo, facilmente
dominado pelo adversário, que tinha as bolas roubadas facilmente e os espaços
inteiramente fechados, o que dificultou na armação de jogadas e chances claras
de gol, que foram mínimas. As oportunidades surgiam com bolas levantadas, mas todas
as cabeçadas de Alecsandro foram sobre o gol do Bahia. Algumas arrancadas de
Éder Luis pelo lado direito até que ocorriam, mas a defesa baiana estava forte
na partida e não permitia que o camisa 7 subisse, mas ele arrumava alguns
escanteios. Nada dava certo, e justamente após o Vasco cobrar um escanteio, o
Bahia roubou a bola com Souza e foi rápido para o ataque, com Jones Carioca
subindo e driblando rapidamente Luan e cruzando para Souza fazer 1 a 0. Um gol
que abalou a equipe, e não mais conseguiu se encontrar na partida.
A marcação estava frouxa e
os constantes erros de passe de Fellipe Bastos já armavam contra-ataques
fatais, se não fosse Fernando Prass a goleada teria sido ainda maior. Juninho
não podia carregar o time nas costas, ele sozinho não faria milagre no meio
campo, e a apatia do time com o segundo e logo depois o terceiro gol anunciavam
que seria uma noite trágica para os pouco mais de 7 mil vascaínos que estavam
em São Januário. E os garotos da base que foram lançados às pressas no time titular
devido aos desfalques sentiram a pressão ontem em jogar nos profissionais do
Vasco e correm risco de serem queimados, o que seria uma pena para atletas
talentosos e em formação.
Passada a derrota, os
questionamentos são: fazer o que para o Vasco não mais despencar da tabela?
Demitir e trazer um novo técnico? Que outros jogadores poderiam vir e para
quais posições? Só trocar o comando resolve? Muita coisa foi discutida numa
reunião entre a diretoria do Vasco logo após o revés, e foi decidido que Cristóvão
continua no comando técnico do Vasco. Na minha opinião, mudar de treinador e
sem reforços, não adiantaria de muita coisa, nem se chegasse Marcelo Oliveira
ou José Mourinho o Vasco com Diego Rosa, Fellipe Bastos, Wiliam Matheus e
Auremir jogariam mais do que podem. O momento é crítico, bastante tenso e
alguma solução tem que aparecer, se a torcida não continuar a protestar, exigir
mudanças e a diretoria não mudar nada vamos cair ainda mais na classificação, e
agora G4 se tornou nossa realidade e preocupação até o fim do campeonato.
Classificação para a Libertadores não é só uma obrigação, acaba sendo um
consolo para um grupo que há tempos consegue ficar entre os melhores do torneio
e com muitos problemas no dia-a-dia para se administrar, como controlar os egos
dos atletas, salários atrasados e o encontro de peças que se encaixem no
esquema tático e façam a equipe forte e competitiva. Juntar os cacos e vencer o
Palmeiras na quarta-feira. SV!
Cesar Augusto Mota.
@rasecmotta11
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